Falleció hoy el poeta, crítico literario y ensayista
carioca Iván Junqueira, a los 79 años.
El académico brasileño nació el 3 de noviembre de 1934
en Río de janeiro, donde estudió medicina y filosofía, pero se dedicó al
periodismo.
Junqueira dejó a la casa editora con la que era
vinculado, dos libros inéditos, una colección de ensayos y un poemario (Esa
Música) que podrían salir para el próximo octubre.
Eu te amo tanto que não pode o peito
conter dentro de si amor tão vasto.
E te amo há tanto que do amor me basto,
sem fêmea alguma que arda no meu leito
ou lembrança que ali sirva de pasto
às larvas de um desejo satisfeito
e que, farto de si, seja perfeito,
como perfeito é o vértice onde o engasto.
Eu te amo desde aquele agudo instante
em que tudo se faz irreal e eterno,
pouco importa se o céu ou o duro inferno,
posto que um nunca do outro está distante.
E assim é porque a mim tocou-me a sina
deste amor que me cega e me ilumina
O Outro Lado, poemas 1998-2006 , Editora Record, Rio
de Janeiro, 2007